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25 ANOS

Rússia condena sentença de prisão dada para ‘mercador da morte’

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publicado em 06/04/2012 ás 20h37

A Rússia condenou a sentença de 25 anos de prisão dada pelos Estados Unidos para o traficante de armas russo Viktor Bout, classificando o caso como “político” e colocando-o como prioridade nas relações com Washington.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu a prisão "claramente política" como “sem fundamento e tendenciosa”.

“Apesar da fragilidade das provas, do caráter ilícito de sua prisão por agentes americanos na Tailândia e da subsequente extradição, a Justiça americana realizou o que era claramente uma ordem política e ignorou argumentos de advogados e numerosas apelações de várias instâncias para a proteção de cidadãos russos”, disse a chancelaria em comunicado. O governo russo acrescentou ainda que tomaria “todos os passos necessários” para trazer Bout de volta.

Na quinta-feira, o Bout foi sentenciado a 25 anos de prisão por um juiz em Nova York, pela tentativa de vender armamento para supostos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que atacariam pilotos americanos em operação na Colômbia.

Soviético

O ex-oficial soviético, que é suspeito de traficar armas desde os anos 90, é retratado em um livro intitulado "O Mercador da Morte". Ele foi preso em 2008 na Tailândia por oficiais americanos à paisana e acabou sendo extraditado para os EUA em novembro de 2010 para que pudesse ser levado a julgamento.

Os advogados de Bout disseram que pretendem cancelar a condenação, e dizem que os EUA estão perseguindo um inocente.

Segundo a promotoria, Bout teria, durante reunião em um hotel em Bangcoc, prometido 100 mísseis terra-ar portáteis e aproximadamente 5 mil rifles AK-47.

O julgamento em Nova York só dizia respeito a esse caso, mas autoridades dizem que ele
está envolvido com outros casos de tráfico de armas já ajudou ditadores e grupos beligerantes na África, na América do Sul e no Oriente Médio.

Segundo a promotoria, os contatos de Bout em Bangcoc disseram que as armas seriam usadas para atacar pilotos dos EUA que prestavam assistência ao governo colombiano. "Nós temos o mesmo inimigo", teria respondido o russo.

IG